Pequena Coreografia do Adeus de Aline Bei

 

“uma conversa em família nunca foi possível,

não em minha casa

lá somos três solitários irreversíveis

gravemente feridos da guerra que

travamos contra nós”

Imersão

“Dedicatória: Para todos aqueles que procuram uma Casa dentro de casa, em especial aos que procuram desesperadamente”

Despedida lenta da infância

o PAI, a MMMMÃÃÃÃEEE, a outra

“era como se tivesse levado um

Tiro”

PAI e agora?

Dor absurda, Lugar inóspito, Terra infértil,

crescimento ao acaso

“mas não tem volta, és o meu corpo

E nós estamos juntos

nessa

e em todas, enquanto eu viver”

Ritmo alucinante, passos, cantos da casa, cantos em cacos

“como recolheria os meus cacos, se eles são invisíveis?”

Mãe?

“a minha mãe arrastava as suas dores como um Manto”

Carrasco! “Seria uma dor e um alívio cheio de culpa”

Uma esperança arrancada – a única

eu queria entregar

na dança

o medo medo

que sinto”

Procura de um SER que quer renascer

“Madame, a senhora que já renasceu

tantas vezes, o que a senhora tem a dizer pra mim que sou

apenas casca? Veja, dia desses gostaria de SER uma presença

por inteiro”

!^|\\|!

“fui a criança mais velha do mundo”

 

no final só pude chorar por todas as infâncias.




Rita Pereira MarquesPequena Coreografia do Adeus, de Aline Bei.

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